A educação especial: Tendências atuais

Educação Especial

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Mundializar-se significa sacrificar a qualidade de vida local e fazer o que seja necessário para manter uma posição sustentada em algumas das redes mundiais. Nos métodos de extenção mundial e risco total, os interesses sociais e éticos se sacrificam em nome da modernização e do crecimento econômico(p.167).
(Ratinoff,1995).
 
TENDÊNCIAS FUTURAS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
O termo Inclusão, literalmente significa ação ou resultado de incluir, de envolver. Consequentemente, a EDUCAÇÃO INCLUSIVA significa dar a todos os alunos , sem exceção a igualdade de oportunidades educativas, assim usufruir dos serviços educativos de qualidade, podendo beneficiar-se da integração em classes etariamente adequadas, com o objetivo de serem preparados para o futuro.
As tendências paracem situar vários tipos de integração: integração como colocação; integração como educaçõa para todos; integração como participação e integração como inclusão social.

Da educação especial à escola inclusiva
 
As práticas atuais de educação especial começaram a se desnvolver no início dos anos 60 desde então, muitas têm sido as alterações aos pressupostos teóricos que consubstanciamesta área. A forma como a sociedade tem encarado as pessoas com deficiência está sofrendo profundas alterações ao longo da história.

A verdadeira inclusão dos alunos com altas habilidades somente ocorrerá quando a educação, entendida como processo de responsabilidade não apenas da escola mas também da família e da sociedade como um todo consiga superar:
-a concepção de inclusão entendida apenas como acesso à educação;
-a supervalorização de desvantagem como condição para o atendimento às diferenças e a falta de percepção desta condição no aluno com altas habilidades que frequentemente é substituída por uma falsa imagem de vantagem.
-os erros conceituais;
-a falta de reconhecimento;
-a idéia do suposto favorecimento de uma elite;
-a representação social da PAH;
-o preconceito político- ideológico;
-a absoluta falta de estatisticas;
-a escassez de bibliografia;
-a falta de formação e informação;
-a falta de identidade;
-o desconhecimento das necessidades desta populaçaõ;
-a precaridade de serviços públicos.
Por fim esta análise crítica, da inclusão das pessoas com altas habilidades, lembrando a conjuntura atual, deixa nas entrelinhas e linhas, a expectativa de um avanço efetivo e significativo em direção a uma educação de qualidade para todos, aceitando o desafio proposto por Enricone(2001,p.46), de "educar para uma sociedade que não existe".

 Educação Inclusiva, hoje

Como cuidar, integrar, reconhecer, relacionar-se com crianças (e pessoas de um modo geral) com necessidades especiais e que, por isso, diferenciam-se ou utilizam recursos diferentes dos normalmente conhecidos ou utilizados, sempre foi um problema social e institucional. Essa tarefa estava, antes, restrita à família ou a alguma pessoa que, por alguma razão, assumisse esse papel, bem como às instituições públicas (hospitais, asilos, escolas especiais etc.), especialmente dedicadas ao problema. Agora, espera-se que as escolas fundamentais incluam crianças que apresentem limitações.

            Refletir sobre os fundamentos da educação inclusiva significa analisar o que está na base, apóia, e – mesmo que não tenhamos consciência, que não tenhamos obrigação de trabalhar em sala de aula –, está presente e de alguma forma regula nosso trabalho. É fundamental refletir sobre isso, procurar saber e tomar uma posição sobre o que pode estar definindo as características de nosso trabalho.

            Como base de nossa reflexão queria colocar a premissa de que há, pelo menos, dois modos de organizarmos nossa vida e nosso trabalho na escola: pela classe ou pelo gênero[2]. Um modo não exclui o outro: coordenam-se, ora como meio, ora como fim. O que define a exclusão é como os articulamos e como negamos um ou outro. Na Educação Inclusiva, propõe-se uma forma de articulação entre eles diferente daquela à qual estamos acostumados.

            Há, agora, dispositivos legais favoráveis à inclusão, ou seja, aos relacionamentos pela lógica do gênero e não mais preferencialmente pela lógica da classe; relacionamentos em um contexto de integração, de presença de uma coisa em relação à outra. Gostaria de analisar os aspectos positivos da inclusão; mas, também, seu lado perverso e negativo que já pode ser observado. Talvez seja útil começar analisando os aspectos positivos da classe, da forma de organizar a vida por classes. Gostaria de lembrar, também, os aspectos negativos que todos nós chegamos a sofrer na própria pele ou, então, na pele de nossos filhos, de nossos pais, de nossos amigos, ou de quem quer que tenha alguém próximo e excluído na sociedade.

            O que é organizar o conhecimento, a vida, pela lógica da classe? Por que isso é positivo e, também, perverso ou negativo? Lembraria, primeiro, a ironia que pode estar contida na expressão Educação Inclusiva. Se considerarmos como excluídos, além dos portadores de alguma deficiência, também os pobres, analfabetos, famintos, os que não têm onde morar, os doentes sem atendimento, então, a maioria de nossa população estaria na categoria dos excluídos. A minoria “normal” seria de vinte ou trinta por cento. Então, se os excluídos são a maioria, a Educação Inclusiva é uma proposta tardia de colocar essa maioria junto aos que têm acesso às boas condições de aprendizagem e de ensino na escola e que podem receber uma educação em sua versão ordinária, comum, ou seja, não-especial ou excepcional.

Educação Especial Inclusiva